domingo, 30 de junho de 2013

Meme - Incentivo a leitura


Eu já externei que a proposta do meu blogue são textos seguindo o título, ou seja, histórias, estórias e outras polêmicas escritas por mim. Porém, para que regras se não houver exceção? Eu já tive exceções aqui quando publiquei um texto que não é meu em Inocentes Silenciados e no Novo Natal de Nicolau  cuja obra é minha, mas eu postei um áudio.
Eu também já publiquei o Meme 7 coisas, e este esquema de meme é incrível. Isto vira uma febre. Quando menos esperamos somos convidados para fazer um. Cada um convida certo número de pessoas que convidam outras e a coisa se propaga como formiga em piquenique.
Porém, em um meme a gente escreve o que quer, logo é possível criar algo engraçado ou qualquer coisa que prenda o leitor.
Este meme é diferente. É para falar de livros. As vítimas sadicamente escolhidas Os blogueiros contemplados devem indicar um livro e falar sobre ele.
Eu recebi esta indicação da minha carrasca amiga blogueira Silvana Haddad do Blogue Meus Devaneios Escritos  e guardei para um momento especial. quando tivesse totalmente sem inspiração, coisa que vocês jamais saberão porque não vou contar.
Eu sou péssimo ótimo para fazer resenhas de livros não faço nem de quadrinhos, mas vou tentar e vou agradar.
Seria para indicar um livro, mas ao exemplo da Sil, como é incentivo a cultura, vou indicar dois.

O primeiro é Admirável mundo novo de Aldous Huxley.
Trata-se de uma época futura onde o estado zela por todos. 
As pessoas são criadas em laboratório conforme a necessidade da sociedade. Criam pessoas inteligentes, claro que são a minoria que comandam, os intermediários e os pobres coitados praticamente sem cérebro que servem para fazer o trabalho pesado. É distribuída uma droga sem efeito colateral para manter todos calmos e felizes.
Não há o conceito de família, inclusive é crime.
Ninguém é de ninguém e todos são de todos. Ô beleza!! E isto é incentivado e ensinado as crianças.
Eles controlam as doenças, mas não conseguem vencer a morte.
O incrível é que distante da sociedade, existe uma reserva de selvagens. Estes selvagens são descendentes de pessoas como nós, que vivem marginalizados, mas mantem a cultura de família.
Bom, a partir daí é melhor lerem o livro que é muito interessante, né?


O segundo é meu preferido, O Conde de Monte Cristo do gênio Alexander Dumas.
Trata-se de um marinheiro, Edmond Dante, que é preso injustamente. Ele é incriminado para acobertar pessoas que estão envolvidas no retorno de Napoleão Bonaparte do exílio para retomar o trono. Também se juntam as estas pessoas seu falso melhor amigo que está com o olho gordo para cima de sua noiva e seu colega de profissão que inveja sua competência no trabalho e seu cargo.
Edmond é simples e sem instrução, mas na prisão conhece um sábio que lhe ensina tudo e lhe dá um mapa do tesouro isto que é amigo escondido em uma ilha chamada Monte Cristo. Após 15 anos, o sábio morre e Edmond foge espetacularmente. Ele busca o tesouro e volta para se vingar de seus algozes.
O que me deixa mais irritado é que enquanto uma obra maravilhosa destas merece um filme a altura, os caras ficam criando remake de um monte de porcaria que tem por aí.

Concluindo, eu preciso escolher 10 vítimas pessoas e o mais sacana justo é indicar os 10 maiores comentaristas até este momento. Porém, a minha querida amiga e leitora Letícia Aguiar não tem blogue, logo vou substituí-la por Donetzka que depois que conheceu meu blogue vem comentando em todos os posts.
No entanto, eu vou fazer outra exceção e vou indicar 11. Incluo também entre os desafortunados felizardos o Arthur Claro que sempre me homenageia em seu blogue assim posso retribuir um pouco do que ele vem fazendo por mim.

Segue lista das pessoas que vou sacanear homenagear. Quero que todos fiquem à vontade para responder. Se não responderem vou abandonar o blogue deles.

Lucimar da Silva Moreira – Estrela da Manhã
Rodrigo Ferreira – Rodrigo Bandas  e The Diary Boy
Pedro Lourenço   1000 outras histórias
Adriana Alfaro  Fashion Frisson 
Ludymila – One Momentin Times 
Mayra Borges   Era outra vez amor e Sem provas  
Ricky Oz   Contos e Indagações 
Gabriel Rezende Silva   Corações de Neve
Donetzka Alvarez  – Magia de Donetzka 
Arthur Claro  Olhoko e Igual porém diferente 


sábado, 22 de junho de 2013

H. E. e O. P. em festa

Hoje eu poderia falar das manifestações que têm sido realizadas no Brasil nestes últimos dias. Afinal, este é outro assunto bem polêmico e “outras polêmicas” é tema para o meu blogue.
Como eu disse, poderia, mas – risos não vou!
Por quê?
Porque hoje é aniversário do H. E. e O. P. Está fazendo um ano que publiquei o primeiro post, O início, portanto esta é a data oficial de criação.
E sabem o que é mais legal disto tudo? É chegar até aqui com 20 mil acessos, marca que foi atingida dois dias atrás.
Há quem vai dizer que existem blogues com muito mais acessos do que isto. É verdade! Porém, se levarem em consideração que a postagem é semanal e que das 54 publicações, 53 foram de minha própria autoria e destas, apenas uma foi áudio e as demais tudo textos, dá para se dizer que a marca é excelente. Eu também não fiz sorteios, dei brindes ou etc.
Foi apenas divulgação e acessos a blogues de outros escritores que me retribuíram.
O ser humano, na maioria, é preguiçoso para ler. Não adianta me xingar porque é verdade. Ele gosta de vídeos, textos curtos, gravuras e também de alguma sacanagem. Não estou reclamando, eu também gosto. E também não sou contra blogues de vídeos, áudio ou sorteio, inclusive visito muitos.
O que quero dizer é que a proposta do meu blogue é contar histórias, criar estórias e falar sobre polêmicas. Aliás, esta coisa de histórias e estórias também é um tanto polêmica, mas isto fica para pesquisas no Google. O fato é que escrever estes assuntos de forma curta é um tanto complicado, pois o texto pode ficar pobre.
Quando comecei, eu não achei que conseguiria tantos acessos, mas trabalhei para isto. Olhei muitos blogues, peguei dicas e assim foi.
O importante é que meu blogue está ficando conhecido e não apenas dos amigos, mas na blogosfera eu recebo muito carinho e reconhecimento.
Teve gente que disse que blogue é coisa de momento e não dura muito tempo. O que posso dizer para estas pessoas é: Chuuuuuuupa! Eu estou aqui ainda – Gargalhadas.
Não! Não quero ofender ninguém. Eu quero apenas “zoar”.
Durante este ano as ideias foram diversas. Eu poderia fazer um post só explicando como surgiu cada uma delas, mas isto também fica para outra hora. E depois, de onde tiro a inspiração, mais ou menos eu explico na postagem Eu!.
Bom. Hoje o texto é simples e curto.
Viram? As vezes dá.
É apenas para mostrar minha satisfação e felicidade com o aniversário presenteado com 20 mil visitas e também para expressar minha gratidão com todos os seguidores e comentaristas e com aqueles que deram uma ou várias clicadinhas para prestigiar o Histórias, estórias e outras polêmicas. E peço que continuem visitando, comentando, repassando para os amigos e inimigos seja por e-mail, Facebook, Orkut, SMS, papel de pão, sinal de fumaça, mímica e etc..

Beijos e abraços, cada um pegue os seus;

Agora com licença que não vou gritar fora Dilma ou abaixo Globo eu vou é ...

É viiinte mil, é viiinte mil ... aha uhu a blogosfera é nossa ...

domingo, 16 de junho de 2013

A carreira de Toninho



Durante o intervalo da final do campeonato estadual, na cidade de Capinzinho, um molequinho que trabalha de gandula é observado pelos dirigentes do time visitante, o Capital FC, que disputa a final contra o time local.
Toninho brinca com seus colegas no campo enquanto as equipes descansam. A torcida acha graça naquele menino que humilha os demais com seus dribles desconcertantes.
Após o jogo, mesmo com a derrota e com isto a perda do título, um dirigente do Capital permanece na cidade para localizar o garoto.
No dia seguinte, Osvaldo Luz, diretor e olheiro do Capital FC consegue localizar a mãe do menino, a dona Maria Rosa, e conversa com ela. Ele a faz entender que é uma oportunidade para o Toninho iniciar uma carreira nas categorias de base de um grande clube. Ela hesita, mas vê uma excelente chance de mudar o futuro do filho. Agora, só falta ele querer.
Ao chegar do colégio, Toninho se surpreende com a visita ilustre e atentamente recebe as explicações. Ele não pensa duas vezes, pulando de alegria, aceita a proposta. Mesmo tendo apenas 12 anos, sabe que a oportunidade é de ouro e não pode perdê-la. Bem informado sobre o mundo futebolístico pelas leituras de jornais na barbearia da cidade, ele sabe que o Capital FC é um clube que está quase sempre nas decisões enquanto que seu time do coração em toda história, apesar de ter sido campeão, chegou apenas uma vez. E ainda, este clube é de primeira divisão nacional.
Osvaldo consegue um emprego na capital para a dona Maria Rosa fazendo com que o menino fique mais amparado, mas ele passa a morar no clube pela facilidade de estudo e treinamento.
Toninho é sempre o primeiro a se apresentar e cai nas graças do treinador não só pela habilidade, mas também, pela dedicação.
O tempo vai passando e Toninho subindo de categoria.
Ver um jogo da arquibancada não era mais novidade para ele. Assiste inclusive com tristeza uma goleada histórica de 5x0 aplicada no seu time do coração, o Atlético de Capinzinho, no ano em que foi rebaixado. É claro que Toninho mais esperto, mais vivido, sabia que o time da sua cidade natal era um clube pequeno e que aquele ano de glória foi um ano especial.
Ciente que sua realidade é o Capital FC assina seu primeiro contrato profissional aos 17 anos e fica a disposição do treinador, recém-chegado ao clube, Euclécio Danúbio.
Toninho não é aproveitado entre os profissionais, mas um dia o treinador o chama para jogar na ala direita. Toninho era meia-atacante, mas não rejeitou a oportunidade. Ele faz sua estreia em um jogo do campeonato estadual marcando um gol, mas não teve muitas chances de atuar nos jogos seguintes. Neste ano, embora fosse sempre um dos favoritos, o Capital não chegou as finais do estadual. A última vez que tinha perdido o campeonato foi justamente em Capinzinho. No nacional a campanha da equipe foi mediana.
Com os maus resultados, Euclécio é demitido e o novo treinador assume. É Janílson de Freitas, mais conhecido como Janjão, o ex-ídolo de Toninho.
Na temporada seguinte, Toninho passa a ser mais aproveitado na equipe entrando em quase todos os jogos.
O Capital volta a ser campeão estadual. Toninho fica feliz com seu primeiro título profissional, mas a alegria não é tão grande como na vez que foi gandula, pois ele foi reserva o tempo todo.
O Capital contrata jogadores experientes e juntando-se a eles Toninho assume a titularidade na sua posição de origem e passa a ser o melhor jogador do time.
O que falta para o clube é um título nacional.
Com os reforços e o talento de Toninho o Capital tem grandes chances de realizar este sonho.
O campeonato é acirrado, mas o Capital chega à final.
Toninho cada vez mais titular enche os olhos da torcida e é o terror das defesas adversárias, mas sua inexperiência lhe prega uma peça. Ele é envolvido pelos seus companheiros e sai à noite fugindo da concentração. Toninho não era disso, mas era uma novidade e ele foi mais levado na onda dos outros mais experientes do que pela própria vontade de ir.  Na boate onde estavam, Toninho se perde aos encantos da dançarina Wanda e deseja ficar mais um pouco enquanto seus colegas voltam para o clube. Toninho não bebe, mas a sua mesa está repleta de garrafas vazias. É o suficiente para um paparazzi o crivar de flashes. Com o fato injustamente noticiado, o Presidente Saulo Schneizzer, sem piedade, pressiona Janjão para tirá-lo do time. Apesar do protesto dos outros jogadores e da comissão técnica, Toninho não fica nem no banco de reservas.
De nada adianta os jogadores envolvidos esclarecerem o ocorrido.
Na verdade, isto tudo é pretexto para Schneizzer abrir caminho para Júlio Rosa que jogava na mesma posição. O passe deste jogador é 45% de Schneizzer.
Toninho continua treinando, mas fica fora do primeiro jogo da final que é contra o atual campeão, o Campeiros.
O primeiro jogo foi 2x2, em casa, cheio de confusões e duas expulsões para cada lado.
Sabendo que o segundo jogo seria ainda mais difícil e com a perda do atacante Júlio Rosa devido à suspensão automática por ter sido um dos expulsos, Janjão escala Toninho para a reserva mesmo contra a vontade de Schneizzer. Este não queria dar o braço a torcer alegando que a punição de Toninho deveria servir de exemplo.
E o jogo começa...
Já no início, a pequena torcida do Capital, clama pelo nome de Toninho. No banco, ele se lembra daquela final que assistiu do lado de fora do gramado buscando as bolas e revive o sofrimento de ver o jogo em vez de atuar.
O Adversário é difícil e a maioria da torcida é contrária.
Marcão, atacante do Campeiros, entra na área dribla o goleiro Manuel e é derrubado. O juiz marca o pênalti. Toninho já viveu isto, a história estaria se repetindo? Não, desta vez a falta é incontestável e para piorar Manuel é expulso por ser uma situação clara de gol. O Capital fica com um jogador a menos aos 17 do primeiro tempo.  O atacante Souzinha é substituído pelo goleiro reserva Bentinho. O próprio Marcão bate o pênalti e converte. O estádio explode e a pequena torcida do Capital se cala.
Na reserva, Toninho impaciente sabe que poderia estar ajudando o seu time. Mais agoniado está Janjão que vê seu melhor jogador no banco por uma atitude lamentável do presidente do clube.
Ainda no primeiro tempo, o Campeiros perde dois gols feitos e no finalzinho Gilson Marau de cabeça amplia o placar. Era o pesadelo se formando para o time do Capital.
No intervalo, Janjão manda Toninho aquecer. Imediatamente o telefone toca. É Schneizzer ameaçando demiti-lo antes do fim do jogo, caso ele coloque Toninho para jogar, mas Janjão muito conhecido pelos seus atos de valentia e defensor dos seus atletas troca o zagueiro Elton Batista por Toninho. Ele não poderia concordar em perder o título pelo ato irresponsável de um Presidente que não sabe o que é treinar no sol e na chuva. E ainda, logo o Toninho que, além de ser o melhor do time, é um exemplo de atleta. Agora é tudo ou nada.
E o segundo tempo começa...
Toninho pela direita deixa seu marcador para trás e cruza para Juca Belo cabecear para fora. Era o Capital reagindo. Não foi preciso mais de duas jogadas de Toninho para que o técnico adversário gritasse: ─ Gruda no 20.
Toninho está infernal. Ele dribla dois adversários e na saída do goleiro coloca com categoria para as redes. Eram apenas dez minutos do segundo tempo. As esperanças do Capital se renovam. Porém, em virtude do um homem a menos, o domínio territorial era do Campeiros. No entanto, o craque do jogo já despontava. Toninho tabelando com seus colegas invade a área adversária, fuzila o goleiro Diógenes e empata o jogo aos 35. Embora, a partir daí, a moral estar com o Capital, o domínio ainda era do Campeiros, principalmente após a substituição de Juca Belo pelo zagueiro Ferreira. A ideia de Janjão era poupar o time para a prorrogação, pois achava que a equipe poderia não aguentar todo o tempo devido expulsão na primeira etapa.
E de fato veio a prorrogação. E quando tudo parecia que a decisão iria para os pênaltis, em uma jogada simples, mas rápida, Toninho lança para o volante Zito na cara do gol para este marcar para o título.
O juiz dá o apito final. Acaba o sofrimento. O Capital FC é campeão nacional graças a Toninho que mudou totalmente o rumo da partida.
A pequena torcida aplaude de pé chamando o Presidente Saulo Schneizzer de todos os tipos de palavrões possíveis.
Os jogadores do banco de reservas e a comissão técnica invadem o campo para comemorar e carregar Toninho no alto.
O gol da vitória não foi de Toninho, mas, foi dele a reação da partida, os gols de empate e o passe preciso para o gol do título. Era mais um sonho realizado.
Este jogo ficará na história do clube e na lembrança eterna de Toninho.

domingo, 9 de junho de 2013

Dia dos Namorados


O post da vez não poderia ser outro assunto, uma vez que, o dia mais romântico do ano é bem no meio desta semana.
O dia dos namorados, sendo um dia comercial ou não, é um dia importante. Na verdade, este dia deveria ser todos os dias, mas ai perderia a graça. Logo, é necessário ter uma data especial para comemorar. Porém, fazendo com que o dia dos namorados aconteça o ano todo.
É mais do que importante ter alguém para se apaixonar e ser correspondido, é também bom demais.
Namorar é dar carinho, atenção, ser presente e fiel, ter e ser parceria em todas as idades. Não precisa estar sempre junto, mas é imprescindível querer estar junto. Não apenas uma vez ou outra, mas desejar que seja eterno.
Namorar pode ser para sempre, por que não? Meus pais são namorados há mais de 50 anos.
Há namoros que dão certo, outros que não, pelo menos foi tentado.
O mais importante é expressar os sentimentos, pois conforme diz a música "Jura Secreta" do Fagner, a palavra que devora é aquela que o coração não diz.
Quem não tenta não namora.
Quem nunca se apaixonou não sabe o que é ser feliz de verdade, ou infeliz dependendo do ponto de vista. Entretanto, como eu costumo ver o copo meio cheio, prefiro pensar positivamente.
Namorar é não se importar onde está, contanto que esteja por inteiro. É viajar nas nuvens, voltar a ser adolescente ou manter-se adolescente. É querer que o dia passe rapidamente para encontrar a pessoa desejada. É fazer planos, dormir juntinho, ter sonhos, abraçar forte, beijar com vontade e antes de terminar já pensar no próximo beijo.
Namorar é gostar de alguém e ser correspondido.
Namorar é fazer acontecer para ficar junto.
E os ficantes são namorados? Aqueles que ficaram apenas uma vez não, mas aqueles que já são ficantes contínuos devem acordar e assumir. Eu digo assumir, porque eles estão namorando e não sabem. Já têm um vínculo e um desejo pelo outro escondido atrás do famoso “sem compromisso”.
No entanto, o namoro depende de um sentimento que é uma das forças que move o mundo, o amor.
O amor não tem forma, não tem raça, sexo ou religião. Ele não avisa quando vem, simplesmente aparece. O amor vem e vai, mas quando é verdadeiro ele fica. Ele faz sofrer, chorar, mas também sorrir e ser feliz. Ele tem vontade própria e não há nada que possamos fazer quanto a isto. O amor cria afeto e desafeto, só que este último gera desabafos em letras garrafais nas redes sociais. Porém, se todos os desafetos fossem consertados com um convite para uma pizza a dois e um bom vinho seguido por uma sobremesa tipo sorvete com morangos e calda de chocolate em vez de CAPS LOCK no Facebook, muitas histórias de amor seriam escritas com um belo fim clichê “e eles viveram felizes para sempre”, mas nada disto teria valor se não fosse acompanhado com um sincero: “Desculpa meu amor” e “eu te amo” dito pelas duas partes.
E lembrem-se: Não adianta passarmos a vida procurando a pessoa perfeita, pois esta não existe. O que precisamos fazer é procurar alguém que aceite nossos defeitos e aceitar as imperfeições da pessoa amada.

FELIZ DIA DOS NAMORADOS!

Hã? Ah! As fotos? Claro... É o casal de namorados mais lindo do mundo.
Quem? Eu e a minha musa Fabí, a minha esposa e eterna namorada. 

Primeira foto tirada na beira da praia de Camburyzinho - SP
Segunda fota tirada na sacada do hotel em Ingleses - Floripa - SC.

domingo, 2 de junho de 2013

O sonho de Toninho


Antônio Lima da Silva, o Toninho, tinha o sonho de todo o menino pobre ou rico, ser jogador de futebol.
O maior divertimento de Toninho era ir ao estádio do clube de sua cidade natal, o Esportivo Atlético Capinzinho, o seu time preferido, para ver o treinamento dos seus ídolos através do alambrado.
Sua família, de origem muito pobre, não tinha dinheiro para pagar as entradas dos jogos. Logo, os treinos era o mais próximo de uma partida de futebol profissional que ele conseguia chegar.
Nos dias de jogos, ele ouvia as transmissões por um radinho velho, única herança deixada pelo seu falecido pai. Não perdia um só comentário e procurava ler as notícias nos jornais da barbearia onde fazia bico de engraxate. Todo o dinheiro que ganhava destinava a sua mãe para ajudá-la nas despesas da casa. Ela trabalhava de empregada doméstica e lavava roupas para fora nas horas de folga.
Toninho participou de todos os campeonatos do Grupo Escolar Capinzinho, onde estudava. O time que com ele contava levava nítida vantagem nos campos de areião com goleiras feitas com madeira de demolição.
A equipe profissional de Capinzinho não era um time de ponta e nunca havia chegado a uma final de campeonato. Toninho nunca ligou para isto e ao contrário de seus amigos, que torciam para times da capital, se mantinha fiel ao seu clube do coração.
No ano em que Toninho completou 12 anos, o seu time se superou e conseguiu chegar a final.
Por sorteio, o segundo jogo da decisão foi em Capinzinho, e com isto a cidade ficou em festa.
Para alegrar o coração dos meninos do colégio municipal aconteceu um problema com o contrato dos gandulas. Assim, o presidente da federação resolveu inovar e convidou os alunos do Grupo Escolar para "gandular" o jogo.
Toninho se encheu de esperança. Era a chance de ver um jogo e, o que era melhor, de certa forma atuar nele. Achando que por ser o melhor jogador do colégio seria um dos escolhidos, mas não foi. O diretor da escola fez um sorteio e o Toninho não foi contemplado. Ele foi para casa chorando e no dia seguinte não compareceu à aula. O mundo tinha acabado para ele. Faltou inclusive a de Educação Física, a sua preferida.
Por se tratar de um aluno exemplar, o professor, desta matéria, Hélio Morato preocupado com sua ausência foi procurá-lo em casa. Sabendo da situação, decidiu comprar ingressos e levar o Toninho ao jogo, mas para o seu azar todos os ingressos estavam vendidos.
No sábado, um dia antes da final, um dos meninos sorteados não compareceu ao estádio. Era necessário orientar os novos gandulas como proceder no jogo. Precisavam de mais um. Como Morato era o responsável pelos alunos nesta tarefa e os acompanhava, imediatamente mandou chamar Toninho.
Da tristeza para a explosão de alegria em um só segundo quando Toninho recebeu a notícia de sua mãe.
– Filho! Ligaram do colégio para nossa vizinha. Querem você no estádio agora.
Com sua bicicletinha enferrujada de pneus remendados, que ganhou de um vizinho, ele pedalou rapidamente para o estádio. Chegando lá, já com outro ânimo, não conseguia esconder o sorriso, mas prestou muita atenção nas instruções.
Voltou para a casa radiante.
No dia da decisão a cidade estava em polvorosa. Carros buzinando, bandeiras espalhadas, gritos de guerra, foguetório e etc. Porém, ninguém, mas ninguém mesmo, era mais feliz que Toninho, que foi para o estádio como se fosse jogar na final.
E começou o jogo...
Jogo duro, o adversário Capital FC atual campeão e por seis vezes seguidas não dava mole.  Era uma pressão total. Ignoravam a presença da torcida de Capinzinho.
Toninho roía as unhas. Nunca tinha pensado que ver um jogo ao vivo seria tão sofrido.
Ainda no primeiro tempo o jogador adversário se atirou na área e o juiz deu pênalti.
– Ladrão! – Entre outras coisas gritavam todos, menos Toninho, que ficou paralisado. Foi bem na goleira onde tinha sido escalado para trabalhar. Que coisa, justamente ali, ter que ver bem de pertinho pela primeira vez o seu time do coração sofrer um gol. De maneira alguma, pensou ele. Toninho colocou as mãos sobre os olhos, mas quando o juiz apitou, ele abriu os dedos e viu a bola explodindo na trave de seu goleiro. A vibração foi geral e não foi diferente com Toninho que pulava de alegria.
E terminou o primeiro tempo com o placar em branco.
Os garotos invadiram o gramado para a tradicional batidinha de bola dos gandulas e com show de Toninho. A torcida vibrava com a graça e a ginga daquele moleque que entortava os colegas com seus dribles.
E começou o segundo tempo...
De novo o Capital FC pressionando, mas desta vez Toninho via de longe. Ele permaneceu na mesma goleira e continuava a roer as unhas, pois parecia pior por estar mais distante.
A coisa estava feia até quando Janjão experiente atacante do time de Capinzinho cabeceou uma bola despretensiosamente e ela morreu no fundo do gol do Capital. A torcida explodiu e mais uma vez Toninho ficou apático, mas desta vez de emoção. A bola estava ali dentro do gol, ele podia tocá-la, mas não como durante o jogo quando era simples reposição de bola. Era a primeira vez que ele via um gol do seu time ao vivo. Até então, somente os replays na televisão da barbearia.
O time adversário continuava a pressionar. Agora lhe bastava o empate. O jogo sem gols da primeira partida da decisão lhe deu esta vantagem. Então, veio o contra-ataque e de novo Janjão, desta vez com os pés, empurrou a bola para dentro do gol. Foi a glória. A torcida veio abaixo e Toninho contaminado pela euforia virava cambalhotas.  A partir daí só deu Atlético Capinzinho, e o terceiro gol veio numa cobrança de falta no finalzinho por Dedé Batata, o ala esquerdo.
Nem o gol de honra dos adversários abalou Toninho e a torcida da cidade, o grito era um só: – É campeão!
Toninho nem ficou na festa que tomou conta da cidade. Para ele a missão estava cumprida e um sonho realizado. Ele foi para casa, deitou-se e ficou sonhando novamente com o futuro que em vez de estar do lado de fora do gramado, ser ele o responsável pelos gols que deram o título para seu time.