domingo, 29 de novembro de 2015

Matilde em nem tudo que parece...

Sugiro ler  primeiro A Secretária Matilde e O carnaval de Matilde


– Matilde! Olha só o que rolou no fim de semana – Teka mostrando a mão com um anel que ofuscava o ambiente.
– Nossa Teka! Que lindo. Então rolou um noivado?
– Isto mesmo.
– Parabéns – e rola um abraço.
– Brigada miga.
– É! Parece que todo mundo se arruma, menos eu.
– Ah amiga. Desculpa tá, mas este teu namorado Alberto não quer nada com nada. Tu és linda maravilhosa, gostosa de dar inveja. Larga deste cara. Ele é um atraso.
– Para Teka! E o amor não conta? Exagero teu, não sou tudo isto.
– Amor? Isto é amor? Tu estás sempre sofrendo. Desculpa a sinceridade, mas pra ele está muito cômodo. E não é exagero não. Se eu tivesse este corpitcho só para fim de semana eu arrasaria em tudo que é festa.
– Bobagem. Vou trabalhar.
O tempo passa e chega a hora do almoço...
– Matilde – fala Teka – to a fim de conhecer o Max Burger. Vamos? Conheces?
– Sim eu conheço. É próximo da loja do Alberto.
– É do outro lado da cidade.
– Eu sei, mas o Dr. Joel só vem no fim de tarde e o Dr. Antenor está viajando. Parece mentira, mas hoje vai ser um mar de rosas.
– Vamos convidar a Roberta?
– Boa. Eu ligo...
– Cia Viaje bem a suas ordens.
– Robertinha, vamos almoçar no MB? 

sábado, 14 de novembro de 2015

Mate quente e um bagual

Quem me conhece sabe que há anos atrás eu fui transferido para a maior cidade brasileira, São Paulo. Sabe também, que não sou mais gaúcho por falta de espaço. Nada contra os paulistas, tão pouco contra os nascidos em outros estados. Apenas que muitas pessoas têm suas raízes e eu tenho as minhas. Apesar de não gostar de chimarrão e de não usar bombachas, tenho orgulho de ser gaúcho, mas que barbaridade tchê.
Bueno! Acontece que eu comecei a sentir o peso da transferência quando sai do hotel pago pela empresa e aluguei um AP tri legal¹¹. Até aí nada de mais, né? Porém, foi nesta data que eu transferi o meu carro para Sampa. Assim, peguei minha primeira tranqueira. Ah! Engarrafamento é como chamam aqui. Bom, faz parte, precisava me adaptar. Apesar de ser Porto Alegrense dos bons eu fui me acostumando.
Então¹², então não, logo, certo dia ensolarado eu fui almoçar no shopping. Na volta fui surpreendido por uma chuvarada repentina, coisa muito normal em Sampa. Então, putz de novo não – respira fundo – aí eu tive que comprar meu primeiro guarda-chuva paulistano. O tempo foi passando e por política da empresa trocaram o número do meu telefone para um da área 011. Confesso que perdi momentaneamente minha identidade, mas me recuperei logo. Afinal é só um número.