domingo, 29 de dezembro de 2013

Ano Novo

Enfim, o fim do ano.
Começam agora as tradicionais frases: “Como este ano passou rápido” ou “Este ano voou” entre outras. Tudo que foi dito no ano passado como se o ano tivesse menos que 365 dias.
As pessoas correm no shopping para comprar roupas com as cores do ano porque acham que terão mais sorte no ano novo.
Ainda tem aquela simpatia de pular as ondas e a de colocar a cédula de maior valor no calcanhar.
Sem falar naquela comilança e “bebelança” que evitaram o ano inteiro para tentar ficar em forma e agora chutarão o pau da barraca.
Entretanto, o que mais me intriga são as festas de fim de ano das empresas. Os caras ficam se comendo o ano inteiro como gladiadores lutando por um prato de comida e na festinha da empresa se abraçam se beijam como se fossem os melhores amigos e parceiros de longa data. Bah! Eu não aturo isto e também não entendo por que.
Vejam bem... 31 de dezembro para 1º de Janeiro não é a mesma coisa que 31 de março para 1º de abril e outros meses?
Pessoal é só um dia depois do outro. É dormir e acordar no dia seguinte. O que se renova? Que esperança poderemos ter? Eu não acredito nisto.
Então para que soltar fogos por isto?
Desculpe-me se estou demostrando mau humor e pessimismo. É o que penso.
Bom, hoje eu gostaria de escrever um texto maior, mas vou ficando por aqui porque o réveillon é daqui dois dias e se este ano voou imaginem dois dias, que é o tempo que eu tenho para encomendar as bebidas, o porco, o peixe, o carvão, a lentilha, pois sei que dá sorte. Ahh! Passa de uva também é bom para entrar o ano.  Vou me esbaldar.
Preciso também vender um relógio para arrumar uma cédula de R$ 200,00 para colocar no calcanhar e ainda pesquisar na internet quais são as cores do ano para ir no shopping comprar.
O tênis eu posso economizar.
Para que o tênis?
É para não perder o dinheiro quando eu for pular as sete ondinhas enquanto vejo os lindos fogos.
Ai, que saudade dos parceiros do meu antigo emprego.

Feliz Ano novo. Que venha um 2014 cheio de prosperidade para todos nós. 


domingo, 22 de dezembro de 2013

Galeria de fotos do HEOP

Hoje resolvi fazer uma coisa diferente na verdade eu estou sem inspiração para bolar um texto, mas vocês não podem saber disto, por isto resolvi enrolar.
Como muita gente começou a acompanhar o meu blogue tempos depois de sua “inauguração” e sei que é difícil navegar nas publicações passadas devido a falta de tempo e a preguiça que eu sei, portanto não adianta me enganarem, achei que poderia reeditar as fotos engraçadas que produzi, até agora, para ilustrar os meus textos. É claro que as fotos selecionadas tem a participação de um modelo bonitão e charmoso que não quis que seu nome fosse publicado se eu disser que sou eu, dirão: “Que cara mais convencido”. Nunca entenderão que além de lindo e charmoso, sou também mega máster blaster inteligente, e claro muito modesto.
A ordem obedece a cronologia de publicação acompanhada do nome do conto e uma breve sinopse. Quem tiver interesse de ler ou reler a estória, é só clicar no título.







Bater ou não bater, eis a questão
Trata-se de uma estória muito louca de um cara que foi induzido, pelas amigas, a pensar que na “hora do vamos ver” um tapinha não dói.















Esta é uma história real. Totalmente verdadeira. A foto, bom a foto, tirem suas conclusões.











O cara surta com os vizinhos e com a barulhada da rua. Então, resolve dar um jeitinho.











O vizinho no divã
Jovem apaixonado procura um psicanalista para resolver uma pendência de amor.
Reparem na semelhança entre o Doutor e o paciente.





 


É o mesmo surtado dos vizinhos barulhentos, mas desta vez ele não consegue dormir por outros motivos.






O vizinho surtado volta a atacar. A parte dos incêndios é a mais pura realidade, o resto é apenas vontade - risos.














Por que, Marisa?
Esta é muito recente, mas esta foto não poderia faltar.
O apaixonado que não soube superar as dificuldades de um relacionamento moderno, pelo menos para ela.








Bom, é isto ai. Por aqui acabo a minha sessão nostálgica.
Comentem bastante nem que seja para me xingar se isto acontecer vai ter troco, ah se vai.

Quem ainda não conhece, não deixe de ouvir meu conto de Natal. É só clicar AQUI.

Feliz Natal com muita luz, paz, amor e saúde. O Ano novo eu desejarei na semana que vem assim eu faço vocês voltarem aqui he he he.

domingo, 15 de dezembro de 2013

A irmã do Fredão


Alfredo e Eduardo são grandes amigos. Sempre que um precisa do outro se ajudam sem pestanejar. Eduardo, financeiramente confortável, frequentava as baladas ao lado de seu inseparável parceiro cuja fama de mulherengo também não ficava atrás.
Certo dia...
– Alô!
– Edu?
– Fala Fredão. Como foram as férias, já está de volta?
– Antes fosse. Preciso que me quebres um galho.
– Manda amigão.
– Minha irmã caçula chega de Brasília amanhã, e está todo mundo fora da cidade. Eu e a mamãe estávamos voltando, mas o carro estragou. Não vai dar para voltarmos em tempo. Preciso que a pegues no aeroporto e dê um role com ela até chegarmos.
– Ela não tem chave da casa?
– Ela tinha, mas trocamos depois que demitimos a empregada que nos aprontou.
– E tuas irmãs?
– Estão na fronteira, dependem dos maridos, ai sabe como é né, amigão? Só posso contar contigo. Quebra mais esta, vai! Para ela ficar por aí sozinha sem ter onde ficar.
– O que eu vou fazer com ela Fredão?
– Arranja algo, mata o tempo, à tardinha nós estaremos por ai.
– Tudo bem, qual é o voo dela?
– É o Big Fly 2329, chega em torno de 9h30. Valeu!
– Onde fui me meter? – reflete Eduardo – Não pude dizer não para este amigão. O Alfredo é um grande amigo, mas de irmã tá maus, uma mais feia que a outra. E a Micheli então, nossa, é a pior de todas e a mais chata. O que eu vou fazer com ela? Praticamente um dia inteiro. Lá se foi o meu sábado. O negócio é relaxar, amanhã eu vejo o que fazer, mas que fria. Que se dane, hoje é sexta, dia da cerveja e da mulherada.
Depois de algumas cervejas Eduardo foi para casa dormir sozinho, pois a preocupação do dia seguinte não o deixou relaxar. De manhã cedo toca o despertador do celular e ele acorda muito sonolento.
– Hein?. Por que eu programei o despertador? – susto – a Micheli, preciso correr – e ele pula da cama.
– Vou tomar um banho e fazer a barba. Não. Barba para aquele tribufu eu não vou fazer, mas e se eu me livrar dela? Aí já estou com a barba feita para curtir as gatinhas. É melhor prevenir. Será que ela vai me reconhecer? E eu? Vou saber quem ela é? Acho melhor fazer um cartaz. Afinal, faz dez anos que não a vejo. As últimas vezes que ela esteve aqui, tive a sorte de não estar. Como era xarope aquela pentelha.
E Eduardo vai para o aeroporto.
– Bem que ela podia perder o voo. Assim eu me livraria deste abacaxi.  Vou dar uma olhadinha no monitor. Xiiii! A aeronave já está no solo, vou para o desembarque, que merda, vai começar a tortura. Eca! Só pode ser aquela, como é feia, e toda desengonçada. Está dando uma bronca naquele funcionário. Continua chata. Vou ter que passar o dia com isto aí. Ah, Fredão tu vais ficar me devendo uma.
Enquanto Eduardo se martiriza com aquela mulher fazendo barraco, uma bela moça de 1,69, 55 kg, cabelo moreno liso, pele perfeita e corpo escultural se aproxima. Eduardo logicamente repara.
– Nossa, que mulherão, ela está rindo para mim, logo hoje, que azar, não posso marcar nada. Bom, se ela vier mesmo anoto o telefone e ligo amanhã.
– Oi – fala a moça.
– Oi. Tudo bem?
– Acho que esta plaquinha é para mim.
– Ah, teu nome é Micheli. Não é para ti, não. É para uma amiga de família.
– Ô Edu, não me reconheces mais?
– Micheli? – Eduardo fica de boca aberta – Tu?
– Sim – risos – tu esperas mais alguém?
– Bem, é que tu estás tão diferente, considerando o Fredão e tuas irmãs, como vou dizer?
– Ah Edu, deixa de enrolação – risos – não precisa de cerimônia. Eu sei que meus irmãos estão muito fora de forma. Eles não se cuidam. Eu malho todos os dias, me alimento bem e estou longe da comidinha da mamãe. Por isto estou assim.
– É! Assim.
– Vem cá Edu, me dá um abraço. Eu estava com saudades.
O abraço sai e o Eduardo sente calafrios.
– Para onde tu queres ir? O Fredão me pediu para eu tomar conta de ti – risos.
– Eu sei – mais risos – ele me ligou. Que desencontro. Atrapalhada esta minha família, né?
– Ô! Eu que o diga – e os dois caem na risada – teu irmão é um grande amigo mas já me meteu numas boas.
– Quer dizer que sou uma fria, é?
– Não – gagueja Eduardo – não foi isto que eu quis dizer. E aí, o que queres fazer?
– Primeiro eu gostaria de largar estas malas, depois podemos ir ao parque lá perto de casa. Podemos conversar e lembrar da nossa infância quando eu pentelhava vocês.
– Podemos deixar as malas na recepção do prédio que moro, depois iremos ao parque e poderemos almoçar no clube, o que achas?
– Legal.
Depois do passeio no parque, almoço no clube, muitos sorvetes à tarde e um bom papo descontraído, Eduardo vai se encantando por Micheli, mas nela vê, a figura do seu amigão. Se fosse uma gata qualquer ele caia matando, pois sua ficha é longa. Porém, a Micheli, aquela Deusa bem a sua frente, era quase uma irmã. Ele já preferira que ela continuasse feia e chata como antigamente.
– Está ficando tarde né? – Fala Micheli.
– É! Vou ligar para ver onde andam, devem estar chegando.
– Alô.
– Fredão, onde estão?
– Edu. Cara, teu telefonema caiu do céu. Tu nem sabes a zebrona que deu. O conserto foi uma baita sacanagem, o carro pifou de novo na estrada.
– E aí cara? Precisa de ajuda?
– Não esquenta. Já arrumei uma oficina, mas vou chegar bem tarde.
– E o que eu faço com a Mi?
– Mi? Tá íntimo é cunhado?
– Corta essa , e aí?
– Leva no cinema, qualquer coisa, só não leva na boate da Wanda, né?
– Tá bom Fredão, eu me viro – desliga – Mi eles se atrasarão. Podemos ir ao cinema.
– Gostei, mas preciso tomar um banho.
– Bem, só lá no meu ap – Eduardo meio sem jeito.
– Para mim está ótimo pois minhas roupas estão lá mesmo.
– Ainda bem que a faxineira foi ontem – pensou Eduardo.
Chegando lá, enquanto a Micheli toma o banho ele aguarda na sala. Ao sair do banho, Micheli enrolada na tradicional toalhinha sensual dá um sorriso e entra no quarto fechando a porta para se arrumar. Eduardo sente o perfume dela invadindo a sala. Ela se arruma relativamente rápido. A vez do banho é do Eduardo, que contrário dela, sai timidamente no roupão. Depois de ambos se aprontarem vão ao cinema.
Ao término do filme, Eduardo vê no seu celular, que estava no silencioso, quinze chamadas do Alfredo, e ele retorna.
– Alô – atende uma voz sonolenta.
– Fredão! Já chegaram?
– Que mané chegou o quê! Onde vocês estavam? Tô ligando há um tempão.
– No cinema pô. O que houve?
– Cara, preciso me benzer, o carro só fica pronto amanhã cedo.
– E as tuas irmãs?
– Só amanhã ao meio-dia.
– E o que eu faço com tua outra irmã? Levo para um hotel?
– Deixa de ser careta cara, o teu ap é grande, ela se vira na sala.
– Pô Fredão , vai ficar esquisito.
– Vai nada, ela não é de cerimônia e tu és praticamente da família. Confio em ti. Falou!
– O que foi?– pergunta Micheli.
– O carro só fica pronto amanhã.
– Xi!!! E agora?
– Tu podes ir para um hotel ou dormir lá em casa, se não te importares.
– Pensei que não ias convidar – risos.
– Vamos comer uma pizza?
– Estou cansada, quem sabe a gente chama do teu apartamento?
– Tudo bem.
A pizza é chamada, chega e eles jantam. Conversam mais um pouco e decidem dormir. Eduardo cavalheiramente oferece o quarto para Micheli que diz não se importar em dormir na sala. Depois de muitas brincadeiras de quem vai dormir onde, Micheli aceita e vai para o quarto.
As horas passam...
Eduardo não consegue pegar no sono. Ele está totalmente fascinado por Micheli.
– Como é que aquela pentelha gordinha cheia de espinha na cara, chata pra cacete pode ter se transformado nesta Deusa? E o pior, ela está legal, interessante, um mulherão, mas fazer o quê? Tenho que me controlar. Ah se não fosse irmã do Fredão! Ah Fredão, tua dívida comigo aumentou.
Porém, lá pelas 2h30 da manhã Micheli cruza a sala vestindo seu lindo e sensual lingerie com suas maravilhosas pernas bem torneadas a mostra. E Eduardo pergunta:
– Estás com insônia?
– Ai Edu, que susto – risos – pensei que estivesse dormindo.
– Não estou conseguindo.
– Eu também não. E fiquei com sede.
– Deixa que eu pego para ti, senta ai – Eduardo mostra a poltrona ao lado do sofá.
Ele vai até a cozinha e retorna em instantes com o copo d´água.
– Ó, sua água.
– Obrigado.
Micheli bebe, larga o copo na mesinha ao lado e dá a mão para Eduardo ajudá-la a levantar. Ele a puxa, mas um desequilíbrio de ambos faz com que fiquem muito próximos, face a face. O beijo é inevitável. Quando se afastam um pouco...
– Não podemos – diz Eduardo.
– Por quê?
– Tu és irmã do meu melhor amigo. Frequento a tua casa desde criança, tua mãe me quer como um filho.
– Sr. Eduardo, não sou mais uma menininha, sou uma mulher. Eles nada têm a ver com minha vida.
– Mi, eu sou um cara que não se apega a ninguém, um mulherengo. Tu és uma pessoa incrível, sensível, legal para caramba. Não posso fazer isto.
– Edu, há muito tempo que eu queria te dizer uma coisa. Desde menina, eu sou apaixonada por ti. Eu nunca te esqueci. Meus namoros não evoluem porque nunca consegui resolver esta pendência. Eu ficava muito triste quando vinha para cá e não te via. Então meu querido, não me importo com tua fama e ninguém vai atrapalhar esta noite que caiu do céu. Finalmente uma trapalhada do meu irmão me rendeu algo de bom.
E Micheli tasca outro beijo em Eduardo. O que aconteceu a partir daí não precisa ser detalhado.
Chegando o dia seguinte, o telefone toca insistentemente.
– Alô.
– Edu? Que tal? Já chegamos, acorda cara são 11h00 horas, cadê a Mi?
– Mi, é teu irmão.
– Oi mano e ai tudo bem? ... ta bom ... legal ... beijos.
– Estão bem? – pergunta Eduardo.
– Sim, estão ótimos. A mãe te convidou para almoçar.
E no almoço o carinho pela irmã caçula, muitas perguntas, e etc.
Eduardo quieto, mal consegue encarar a família. Pela primeira vez ele estava com dor na consciência após passar a noite com uma mulher. Micheli estava em estado de graça, feliz, parecia até mais bonita. Ela divide a atenção com a família e ele vai embora. À noite Micheli vai à casa de Eduardo.
– Oi Mi.
– Oi – risos – depois do almoço tu sumiste.
– Eu quis deixar vocês à vontade, reunião de família estas coisas.
– Tu és considerado da família.
– É. Como que vou encará-los agora?
– Para Edu! Tu não me seduziste, acho que foi ao contrário né? – mais risos.
– Tu não entendes.
– Então me explica.
– Mi, tu sabes. Eu me criei na tua casa e agora acontece isto. Teu irmão é meu sócio, um amigão. E tu não és gata de balada, é uma pessoa especial.
– Edu, isto está fora de moda. Bom, acho que somente o tempo vai resolver isto. Quero deixar bem claro que meu sentimento não mudou depois de ontem, mas não vim aqui para cobrar nada, vim somente para me despedir.
– Já vai? Puxa é mesmo, tu vieste para o fim de semana.
– Vou amanhã cedo.
– Posso levá-la ao aeroporto?
– Lógico, mas vai ter que me dividir com a família – risos.
– É! Acho melhor nos despedirmos por aqui.
Eles se abraçam e se beijam.
– Edu, pega meu cartão. Se precisar de uma amiga mesmo que distante pode ligar a qualquer hora.
– Tu podes fazer o mesmo.
– Não. Não quero ficar no teu pé. Não quero que te sintas pressionado. Se tu disseres isto eu ligarei todos os dias. Eu te amo, mas a tua amizade está acima de tudo. Coloquei o meu endereço atrás se um dia aparecer em Brasília...
– Mi.
– Sim.
– Só queria que soubesse que tu foste a única com quem me preocupei no dia seguinte.
– Eu sei, mas é bom ouvir isto. É um bom começo – sorriso – tchau.
– Está de carro?
– Sim, com a lata velha do Alfredo.
– Cuidado hein? Não vai ficar na rua – gargalhadas – não sei por que ele não troca.
– É. Dinheiro ele tem, mas ama aquele carro. Bem, vou indo.
– Eu a levo lá embaixo.
Eduardo a acompanha, eles se beijam novamente.
Micheli entra no carro, dá a partida, mostra um último sorriso e arranca devagarinho olhando no retrovisor. Ele a segue com os olhos e vê o carro sumindo ao dobrar a esquina.
No dia seguinte, na empresa que são sócios.
– E ai amigão? Que cara de enterro meu – sempre extrovertido Alfredo.
– Nada não. Bobagem minha.  Joga a agenda ai porque o número que eu preciso não esta no meu celular e a urgência que eu quero não conseguirei na internet.
Alfredo jogou literalmente e ele disca...
– Cia Viaje bem às suas ordens.
– Robertinha?
– Eduzinho? Não acredito. Há quanto tempo meu lindo? O que eu posso fazer por ti?
– Qual é o próximo voo para Brasília?