Sugiro ler
primeiro A Secretária Matilde e O carnaval de Matilde
– Matilde! Olha só o
que rolou no fim de semana – Teka mostrando a mão com um anel que ofuscava o
ambiente.
– Nossa Teka! Que
lindo. Então rolou um noivado?
– Isto mesmo.
– Parabéns – e rola
um abraço.
– Brigada miga.
– É! Parece que todo
mundo se arruma, menos eu.
– Ah amiga. Desculpa
tá, mas este teu namorado Alberto não quer nada com nada. Tu és linda
maravilhosa, gostosa de dar inveja. Larga deste cara. Ele é um atraso.
– Para Teka! E o amor
não conta? Exagero teu, não sou tudo isto.
– Amor? Isto é amor?
Tu estás sempre sofrendo. Desculpa a sinceridade, mas pra ele está muito
cômodo. E não é exagero não. Se eu tivesse este corpitcho só para fim de semana
eu arrasaria em tudo que é festa.
– Bobagem. Vou trabalhar.
O tempo passa e chega
a hora do almoço...
– Matilde – fala Teka
– to a fim de conhecer o Max Burger. Vamos? Conheces?
– Sim eu conheço. É próximo
da loja do Alberto.
– É do outro lado da
cidade.
– Eu sei, mas o Dr. Joel
só vem no fim de tarde e o Dr. Antenor está viajando. Parece mentira, mas hoje vai
ser um mar de rosas.
– Vamos convidar a
Roberta?
– Boa. Eu ligo...
– Cia Viaje bem a
suas ordens.
– Robertinha, vamos
almoçar no MB?
– Matilde querida,
vamos sim. É longe, mas o Rubão me dá cobertura.
– Será que ouvi as
gata fala em Machiburgui? – Paulinho o Boy chegando – eu me amarro em sanduba.
A gente podemos ir?
– A gente não podemos
Paulinho. A gente pode ou nós podemos e é Max Burguer.
– Pô Matilde larga do
meu pé, o importante é chega lá.
– E quem é a gente? –
perguntou Teka.
– Eu e a Nati.
– Arg! Aquela
nojentinha – retruca Teka com o dedo na garganta.
– Eu já falei para
ele, mas os homens só pensam com a cabeça de baixo – falou Matilde.
– Ah! Como vocês são
engraçadas. Passam horas numa acadimia pra ficar gostosonas, ficam com fome pra
não engorda, pra que? Pra nóis us zomi ignorar tudo isto?
– É! – Falou Matilde
– esta ele nos ganhou.
– Oieeee – Chegou
Natalia.
– Oi – Coro geral
meio desanimado com exceção do Paulinho.
– Amor vamos no Machiburgui?
– Falou Paulinho.
– Ah não! Quero comer
sushi.
– Então tá gatas. Fica
pra outra, vou comer xuxi, tchau.
– Quero comer sushi –
debocha Teka.
Após o encontro com
Roberta elas rumam para o MB e chegando lá...
– Matilde – fala
Roberta – O Alberto continua com a revenda de carros?
– Sim. A loja dele é
a duas quadras daqui.
É! – falou Teka – ele
é picareta de automóveis.
– Pega leve Teka. Não
esculacha – falou Roberta.
– Deixa Roberta. Já
estou acostumada. Sabia que a Teka noivou?
– E como não. Ela me
ligou pela manhã. E como que eu não ia ver um anelão destes. Eu e o Juca vamos
morar juntos no mês que vêm.
– Jura – coro de
novo.
– Sim. Não queremos
nada tradicional.
– É, parece que só eu
estou ficando para trás.
– É parece que tu
gostas mesmo daquele... deixa para lá – falou Teka – Mas Roberta e o teu outro rolo?
Desencanou?
– Ah! O Edu? Meninas depois que ele se enrabichou pela irmã
do Fredão vive em
aeroporto. Parece que vai abrir uma filial em Brasília. Ele mudou
de vida totalmente.
–Matilde! – exclamou
Teka – O que é aquilo?
– Nossa é o Fofito
com outra mulher. Quem será ela? Eu vou lá.
– Espera – disse
Roberta.
– Que esperar o que?
– falou Teka – vai lá tomar satisfação.
– Não faça papel
ridículo Matilde. Espere para ver o que dá – continuou Roberta.
As três, então, ficam
de olho em Alberto que está trocando gentilezas com a outra mulher. Entre
cochichos, sorrisos e carinhos eles se levantam trocam um abraço em vão embora.
Matilde quer ir atrás, mas Roberta tem uma ideia melhor.
– Vamos segui-los –
falou ela.
E inicia a
perseguição. Para desespero de Matilde ela vê o casal entrando em um motel. Desesperada,
chora compulsivamente, e é consolada pelas duas amigas. E jura nunca mais ver a
cara de Alberto.
As amigas querem levá-la
para casa, mas ela quer ir para o trabalho.
– Ele não vai me
derrubar – diz Matilde
– Isto amiga – falou
Teka – não deixa, ele não merece.
O dia passa...
– Matilde – fala Teka
– combinei um Happy com a Roberta e o objetivo é te levar.
– Não dá Teka. Não
tenho clima.
– Nós vamos te levar à
força se necessário.
E foi quase isto
mesmo que aconteceu. Chegando lá...
– Desabafa amiga.
Bota para fora – falou Roberta.
– Aquele crápula. Eu
sabia que ele era folgado, despachado, mas mulherengo não. Sempre achei que era
mais perfil do que fato. Nunca peguei uma marca de batom, cabelo de mulher,
perfume e outras coisas. Nunca vi um furo dele. Só aquela vez do Rio que não
pintou nada de mais e eu dei um desconto por ser carnaval.
– Amiga, não sabemos
o que dizer. Ele sempre foi brincalhão, gentil, mas nunca deu em cima de mim – falou
Roberta.
– Pois é – completa
Teka – Nem de mim. Eu até gostava dele, só criticava esta situação de vocês sem
definição.
– Eu não quero mais
saber dele. Vou sumir. Não vou dar nem o gostinho de terminar. Ele nunca saberá
o que aconteceu.
E de fato Matilde
ignora telefonemas de Alberto. Não atende a porta quando ele vai até a casa
dela, não libera a entrada na empresa onde trabalha mandando dizer que viajou.
Sem contato com Matilde ele procura por Teka.
– Alô Teka, é o
Alberto. Tudo bem?
– Tudo bem coisa
nenhuma, o que tu estás pensando seu safado. Tu ainda me ligas? Vai procurar as
tuas barangas.
– O que foi que eu
fiz?
– Tu ainda perguntas
seu cretino?
– Tu és maluca?
– Vai te catar! –
retrucou ela e desligou.
– Nossa – pensou
Alberto – endoidou, vou ligar para a Roberta.
– Cia Viaje bem as
suas ordens.
– Oi Roberta tudo bem?
– Ah! És tu! Vais
viajar?
– Não! Quero falar
contigo.
– Nós temos alguma
coisa para conversar?
– O quê que é hein?
Tudo mundo me jogando pedras hoje.
– Se tu medisses os
teus atos não precisaria ser tratado deste jeito.
– Péra ai! Acho que
to me ligando. Vocês estiveram no Max Burger na terça?
– O que tu achas?
– Ah! Entendi tudo.
Aposto que me seguiram.
– Sabidão. O que tu
queres agora?
– Uma chance de me
explicar.
– Achas que mereces?
Achas que vai adiantar? A coitadinha ficou arrasada. O que vimos não tem como negar.
– Tu podes te
surpreender.
– Isto é com ela.
Como eu acho que todo mundo deve ter uma segunda chance vou mediar o encontro,
mas não fiques muito otimista. Contra fatos não há argumentos.
– Veremos. Tchau.
Segundos depois...
– Alô Matilde!
– Oi Roberta.
– Adivinha quem me
ligou agora a pouco?
– O Fofito quer dizer
o crápula do Alberto.
– Pô! Que sem graça.
– É que ele ligou
para a Teka também. Ela esculachou com ele.
– Pois é! Ele quer
falar contigo. Disse que tem como explicar.
– Que cara de pau. Nem
morta.
– Amiga, pense bem.
Ele já sacou que foi visto. É uma forma de tirar a limpo.
– Pra quê? Não me
contaram, eu vi. Não foi miragem, né?
– Eu falei para ele,
mas ele insistiu. Espera ele te pedir desculpas e diz não na cara dele.
– Não sei. Tu vais
comigo?
– Fico até ele
chegar, depois caio fora.
– Tá bom então. Marca
no bar do Passos. Vou pedir para a Teka ir também.
– Legal! Vou ligar
para ele e dizer que você marcou hoje as 18h30, tá?
– Obrigada amiga,
tchau.
Depois de tudo
acertado e um pouco antes do horário combinado as três amigas, já posicionadas,
têm outra surpresa.
– Roberta – diz
Matilde – aquela ali não é a zinha que entrou no motel com o Alberto?
– É mesmo. É ela mesma
– falou Teka.
– Calma gente – diz
Roberta – a gente não viu direito pode ser outra pessoa.
– E tu achas que eu
iria esquecer a cara dela? – falou Matilde.
A moça percebe que
está sendo observada e dá um sorriso.
– Que cínica –
continua Matilde – ainda por cima ri. Vou lá acabar com ela.
– Calma amiga – diz
Roberta – olha a compostura, não perde a cabeça. Espera ele chegar.
– O Fofito, quer
dizer o Alberto vai me pagar! Mata, vai ao enterro e ainda dança em cima do
túmulo? E olha lá, como é feia, mal arrumada e sem classe. Que cara de pau a dele
trazer esta pirigueti aqui.
– É isto ai amiga,
depois de quebrar com ele arrebenta ela – diz Teka – que baranga.
– Calma gente, não é
por ai, e ela não é tão feia assim e tá bem arrumada vocês estão com raiva.
Vamos usar a razão, ok?
– Que razão o quê?
Ahh! Olha o cretino do Fofi... Alberto chegando.
Oi Roberta –
beijinhos – Oi Mozão – ela vira a cara – Tudo bem Teka? – ela se levanta e diz:
– Bem, já vou embora.
– Fica ai – grita
Matilde – tu também Roberta, o que ele tiver que dizer, vai dizer na frente de
vocês. Posso precisar de alguém para me
controlar.
– Isto. Fiquem todas
que me julgaram, quero ver a cara de vocês depois – disse Alberto.
– Não enrola Alberto
Lisboa vai falando logo porque eu quero ir para a casa. Quem é aquela horrorosa
ali?
– Calma Matilde Maria
Costa! Tu sabes que eu não fico fazendo rodeios, então é o seguinte: Lembra que
eu te falei que tenho uma irmã, que mora no Mato Grosso, do segundo casamento
do meu pai?
– O que isto tem a
ver com a tua safadeza?
– Calma Mozão, é ela!
– Mas que calhorda. E
desde quando irmão leva irmã no motel?
– Se tu me deixares
explicar...
– Vai, quero ver tu
me convenceres antes de eu te arrebentar.
– Calma Mozão – risos
– na verdade ela que me levou.
– Ai meu Deus ele tá
abusando.
– Mozão, a Neiva veio
com o marido para Porto Alegre. Eles compraram aquele motel e ela queria que eu
fosse o gerente. Então, ela me levou lá. Mas não posso aceitar porque a loja tá
indo muito bem.
– Verdade, Fofito? –
sorriso na cara e as outras duas espantadas.
– A mais pura verdade.
– Nossa Fofito! Como
ela é linda e que bom gosto para se vestir, chame-a aqui.
Depois de tudo
acertado cada um vai para sua respectiva casa, menos Fofito, quer dizer Alberto
que vai para a casa de Mozão, ou melhor, Matilde para recuperar o tempo
perdido. Como sempre, vamos pular esta parte para preservar a intimidade do
casal.
Nossa nossa hein... kkkkk Confiar nas pessoas está cada dia mais difícil, ainda mais quando achamos que temos a ''prova'' contra os mesmos.
ResponderExcluirAdorei!
Não confio em ninguém,amigo!
ResponderExcluirConfio em meus filhos e meus pais, o resto sempre antenada!!!!!!rsrsrsrsrsrsrssr
Muito bom seu texto!
Confiar nos homens hahahahahahahahahah
http://www.elianedelacerda.com
Oie Claudio =)
ResponderExcluirEis um mal de qual muitos de nós sofremos, o de tirar conclusões precipitadas. Ótimo conto!
Beijos;***
Ane Reis.
mydearlibrary | Livros, divagações e outras histórias...
@mydearlibrary
Temos que confiar somente naquelas pessoas mais próximas da gente, e mesmo assim temos que confiar com os olhos bem abertos, Cláudio beijos.
ResponderExcluirOi amigo!
ResponderExcluirEstou sofrendo aqui com um tablet. Aff, acho que vou pedir emprego no motel da irmã dele e sair fora dessa intrnet kk
Bjsss
Ahn Matilde.. hahaha
ResponderExcluirVou ler as outras histórias senão vou ficar perdida.. haha
Beijos. ♥
Diário da Lady
Eu sempre confio desconfiando!
ResponderExcluirBjs – Su
www.rosachiclets.com.br
OI CLAUDIO!
ResponderExcluirCONFIEI TANTO QUE AINDA ESTOU ACHANDO SER ARMAÇÃO PARA CIMA DAS "GURIAS".
MUITO BOM E DIVERTIDO TEU TEXTO.
ABRÇS
-
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Se fosse ela confiava desconfiando, ia puxar a ficha completa do meliante e olhe que mulher quando quer descobrir uma coisa descobre mil, é melhor que FBI.
ResponderExcluirOi, Claudio.
Depois de um tempo sumida resolvi ir voltando aos poucos pro blog.
PS: Não tenho mais facebook.
Bjs, tem continuação do Sem Provas (depois de um milhão de anos)
Eu aqui já Tava querendo quebrar a cara do fofito, rs!
ResponderExcluirUfa! Ainda bem que não era oque parecia ser mesmo, torço por esse casal.
Bjuss!