Pedrinho andava
meio perdido. Após algumas desilusões, ficou praticamente dois meses vivendo dentro
de uma ostra.
Era chamado para
sair para as baladas, mas sempre declinou dos convites. Aceitava apenas
programas familiares.
Certo dia um amigo o
convidou para jantar na casa da irmã de sua noiva. Ronaldo fez bons comentários
sobre a cunhada, falando o quanto ela seria legal, simpática etc. Pedrinho já
conhecia Cibele, a noiva de Ronaldo, e a descrição da cunhada relatada por este,
era semelhante com a dela. Ele foi para o evento sem qualquer expectativa. Pensou
apenas em curtir um programa familiar e conhecer gente nova. Porém, ao conhecer
Anna, recebeu um abraço de boas vindas, nada anormal, foi apenas um abraço
inocente, mas, que de certa forma mexeu com ele. Naquela noite, Pedrinho não teve
muita oportunidade de conversar com Anna, no entanto, já percebera que ela era
muito especial. Saiu do jantar um tanto impressionado, mas, sem coragem de
pedir o telefone.
Outro jantar
aconteceu. E, desta vez, ele conseguiu conversar um pouco mais, e na saída deu
a ela o número do seu telefone.
Como haviam
comprado muita coisa, a sobra os obrigou a fazer um almoço no dia seguinte.
Então, pela manhã, Anna o surpreendeu com um telefonema chamando-o para iniciar
os preparativos. Assim, ela acabou cedendo o número do seu celular que ficou
armazenado no bina do telefone dele. Quando chegou, foi recebido com o mesmo
abraço das outras vezes, sereno, carinhoso, inocente e sincero.
Nesta noite, saíram
ao encontro de uma turma de amigos de Cibele e Ronaldo. Anna não conhecia quase
ninguém e ele idem. Pedrinho disse-lhe que não teria ido sem ela. E Anna
confidenciou o mesmo. Foi uma noite muito agradável. Ele teve a oportunidade de
presenteá-la com uma rosa.
Aconteceram outros
encontros e jantares. Conforme passou o tempo, foram se conhecendo melhor. Pedrinho
descobriu o chocolate preferido dela, e guardou um generoso pedaço prometendo
que ficaria reservado até que ela buscasse em sua casa.
Ele percebia que
havia muito carinho nos olhos de Anna e sentia que estava se apaixonando. Ela é
uma pessoa dotada de muita ternura. Entretanto, ele se deu conta que o seu
envolvimento era maior do que o dela.
Por isto, resolveu afastar-se aos poucos. Porém, em ocasiões que ele
ficava sem ligar ou dar sinal, ela enviava uma mensagem pelo celular. Então, ele
ligava de volta. Mesmo assim, achou que seria melhor um afastamento. Quando ele
estava praticamente decidido, ela o avisou que estaria indo ao Shopping. Ele não
resistiu e perguntou se ela gostaria de companhia. A resposta foi positiva.
Fizeram um curto happy hour e na saída ela lhe deu uma carona. Na despedida,
ele a beijou. Foi um beijo rápido. Ele
ficou meio zonzo com o acontecido, e ela apesar de também ficar um tanto
perturbada, correspondeu.
Pedrinho teve
vontade de correr atrás do carro e quando ela partiu não sabia direito para que
lado ir. Ficou, na rua, rindo sozinho como um adolescente após o primeiro
beijo. Anna confessou que também ficou perdida e quase bateu com o carro.
Devido a uma viagem
de Anna eles se afastaram fisicamente, mas por telefone e recursos de internet
eles nunca deixaram de manter contato.
Após o retorno de
Anna eles voltaram a se encontrar.
Desta vez os beijos
foram mais demorados e mais quentes. Conversaram, mostraram carinho um pelo
outro. A partir deste dia, passaram a se encontrar com mais freqüência.
Devido ao trabalho
de Anna, que fazia com que viajasse muito, ela nunca quis assumir o compromisso.
Sempre que o
relacionamento ficava mais sério, Anna se afastava. Pedrinho já não estava mais
suportando a situação, porque mesmo com ela por perto se sentia sozinho. Ele só
queria uma decisão de Anna. Fascinado e apaixonado não conseguia se afastar.
Quando tentava, ela não deixava. Anna gostava da companhia dele e não queria
abrir mão disto, mas entendia o mal que poderia estar fazendo a uma pessoa que
estimava tanto.
Foram tantas idas e
vindas até que surgiu o acampamento. Pedrinho não queria ir, mas como ela
demonstrou muito o seu desejo de tê-lo por perto o convenceu.
A praia é
paradisíaca. Porém, como havia mais pessoas, Anna se comportou da mesma forma
que das outras vezes. Os abraços e beijos eram furtivos longe dos olhos
curiosos. Somente Anna se preocupava com quem os cercavam. Pedrinho só queria
demonstrar seu carinho, sem se preocupar com o que estava a sua volta. Todos já
tinham consciência do que rolava, mas Anna permaneceu irredutível. Apesar dos
incidentes ocorridos no acampamento, o fim de semana foi salvo por momentos
mútuos de ternura. Anna estava quase se abrindo, mas o dia acabou e tiveram que
retornar. Na viagem de volta Pedrinho tentou fazer com que Anna falasse de seus
problemas, mas em vão.
Então aconteceu a primeira briga. Ao fim da viagem um acerto,
mas não convincente. No dia seguinte resolveram se encontrar para uma conversa.
Anna então, foi ao apartamento de Pedrinho, e finalmente buscou o chocolate.
Mas, a noite não foi agradável, devido os mistérios dela e falta de paciência
de Pedrinho, brigaram novamente. Anna foi embora e os problemas ficaram mais
uma vez sem solução. Em todas as discussões de relacionamento ela afirmou que
não queria envolvimento, mas não percebia que já estava envolvida. Ela não queria
arriscar e tentava lutar contra a situação.
Relatou que tinha
muitas pendências na vida que ainda precisavam ser solucionadas e que um
relacionamento nesta fase, ela poderia não dar conta. Pedrinho preferia
arriscar ao lado dela. Disse-lhe que se o amor fosse verdadeiro ela poderia se
sentir mais forte para resolver todas as suas pendências de vida.
Para que todos os
bons momentos que passaram juntos não ficassem resumidos a uma briga, marcaram
um novo encontro. Pedrinho comprou outro chocolate e também um vinho. Porém,
avisa que não teria como abri-lo. Anna, então, levou o saca-rolha. Eles
conversaram, beberam um pouco e trocaram carícias. Desta vez não houve brigas,
mas também não houve acertos. Pedrinho queria que ela ficasse naquela noite,
mas Anna disse que precisava ir embora. Mais uma vez não chegaram a nenhum
consenso e ela partiu deixando-o com vontade de chorar, meia garrafa de vinho
por beber e o chocolate preferido a apreciar. Anna esqueceu o saca-rolha. A ele
restou a esperança dela voltar para buscar o chocolate, o vinho e o saca-rolha.
Suflair e Marcus James? Este chocolate merece um vinho melhor.
ResponderExcluirBy Adalbs...
Nem Suflair nem Marcus James, errou feio - rsss. Abraço.
ExcluirMt legal o seu blogger achei os posters bem interesantes... obrigado por visita meu blogger sonhos de uma garota
ResponderExcluirO saca rolha é a esperança que o Pedrinho tem para Anna voltar, bendido saca rolha. Cláudio beijos.
ResponderExcluirLinks:
Estrela da Manhã
Divulgue seu blog no face
Eu não acredito que vou ter esperar pelo próximo capitulo,não via a hora de chegar ao fim para ver no que isso ia dar, e não deu em nada...rsrsrsrs...escreva a segunda parte, será que o Pedrinho vai ficar a ver navios...coitado.
ResponderExcluirBelo texto Claudio...
Beijos com carinho
Marilene
Blog folhas flores e sutilezas
Muito bom esse texto.
ResponderExcluirhttp://www.arthur-claro.blogspot.com
Pelo amor de Deus que final filho da mãe este!!!
ResponderExcluirEsta Anna também viu! Coitado do Pedrinho...