Extravasamento

Alguns fazem exercícios físicos para extravasar, outros bebem, saem para dançar, viajam ou fazem o que consideram arte.

Eu gosto de viajar, mas como a viagem física depende de tempo e dinheiro, viajo de forma diferente.

Calma! Não é o que estão pensando – risos – droga também precisa de dinheiro, e além de passar da idade, se é que isto tem idade, eu sempre fui considerado careta por não curtir. E apesar de estar acima do peso e meus índices estarem no limite do limite eu apoio os militantes da saúde.

Eu extravaso mesmo é no teclado onde minha imaginação e minha vontade são soberanas. E isto, de certa forma, é arte.

Já me perguntaram de onde tiro tanta ideia e de onde vem a minha inspiração e eu não canso de dizer que vem de todo lugar.

Acho que a facilidade de escrever está no gostar. Se a gente gosta flui, se não, nada rola.

Este post, por exemplo, surgiu de um comentário que fiz em outro blogue há mais de dois anos. Eu copiei meu comentário e salvei para um dia poder desenvolvê-lo. Este dia é hoje.

É claro que tem vezes que a inspiração tira férias e a gente não consegue escrever nem duas linhas, mas acho que se isto faz parte da vida de um escritor profissional, então, imagina de um metido a escritor como eu.

Eu não quero elogios, que é sempre bom receber, mas a verdade é que conheço minhas limitações mesmo que já tenha recebido vários elogios pelos meus escritos.

Sempre sou cobrado para publicar um livro e isto é um dos meus sonhos, mas no momento não tenho condições financeiras de bancar este projeto. Sei que há editoras que publicam sem custo e estou estudando esta possibilidade.

Pelos comentários que recebo, o que mais agrada nos meus textos são os toques de humor e ironia que dou. E realmente adoro fazer isto, mesmo em textos sérios. Entretanto, também tenho um lado romântico e aproveito isto em algumas estórias com finais felizes outras nem tanto.

Não sei se vou ficar famoso, cem anos depois de morrer, quando acharem um dos meus CDs enterrados. Estou baseado na minha previsão de que os CDs não mais existirão, pois serão substituídos por micro pen drives com capacidades maiores do que a de um HD. Também terão que desencavar um leitor de CDs para acessar os arquivos. Acho que esta será a tarefa mais fácil porque haverá vários em museus, e para facilitar, vou deixar enterrado junto um aviso para pesquisarem no Google, pois este, acho que sobreviverá.

Enquanto isto não acontece porque eu quero viver por um bom tempo ainda, vou produzindo para o meu público fiel um entretenimento, pois é para ele que faço a minha arte tão bem reconhecida nos confortantes comentários que recebo.